Você, talvez, já tenha se perguntado quem é aquela mulher debruçada na janela do prédio vizinho com olhos fixos nos passantes, acompanhando-os até desaparecerem no dobrar da esquina. Ou lhe intrigue o rapaz morador do seu prédio que entra no elevador, cabeça baixa, parecendo ter medo dos que dividem o pequeno espaço com ele. Ou lhe perturbem os acontecimentos noticiados na TV sobre violência doméstica, a tal ponto de lhe tirar a tranquilidade em relação ao seu novo namorado, sempre contido a cada carícia. Os nomes destes? Ah, os nomes não vêm ao caso. Nesta obra os contos se interlaçam num vai e vem de episódios e num crescer de tensão entre os personagens. Uma narrativa plena de intenções. O quanto não importam seus nomes próprios, onde as dores do corpo e as dores da alma se revelam semelhantes e sem fronteiras.